quarta-feira, 13 de abril de 2011

Slingando com Matheus

Eu já contei aqui como Matheus é agarrado comigo né? Então, há uns 2 meses (logo depois da cirurgia dele) descobri o "sling", que costumo chamar vulgarmente de saco ou saquinho rsrsrs.
O "saco", foi a melhor invenção que já vi no que diz respeito a linha bebês. Além de muito prático (minha coluna agradece), tem como fazer várias coisas sem ter que se afastar do bebê. Meu filho, por exemplo, fica esgoelando e se debulhando em lágrimas toda vez que saio de perto dele, mesmo que seja só pra pentear os cabelos.
Minha casa tem 2 andares, os quartos ficam em cima e a cozinha embaixo, então já dá pra imaginar o escândalo que ele faz toda vez que vou arrumar mamadeira né? Assim, não dá pra fazer TUDO com ele no saquinho, mas ajuda bastante. Hoje mesmo deitei na minha cama com ele no "saco", acordei uma meia hora depois, nem me vi dormindo. A verdade é que o Matheus tem o poder de me "ninar". Toda vez que fico com ele no colo, acabo cochilando, talvez seja por conta dos quatro meses sem saber o que é dormir uma noite inteira, ou pelo menos, quatro horas seguidas (Matheus acorda de 3 em 3 pra mamar). Nem é culpa dele, é porque ele não pode ficar muito tempo sem comer, pois pode prejudicar o fígado dele. Quanto mais ele come, mais estimula o metabolismo do fígado, e eu como uma boa mãe, acordo de 3 em 3 horas, mesmo quando ele está dormindo pra dar mamá pra ele.
Mas voltando ao "saco" (sling). Segue uma foto pra vocês comprovarem o quanto ele gosta.

Ele simplesmente adora ficar assim, juntinho de mim. E quando saímos na rua chamamos a atenção de todos. Quando ele me vê vestindo o sling faz a maior festa. E o efeito calmante que isso tem? É só colocar ele aí dentro e é questão de tempo pra ele APAGAR. Deêm uma espiada aí embaixo.


O sling foi e ainda é muito útil pra mim. Primeiro, porque com a operação do Matheus, temos que ir pro Rio quase toda semana com ele (sendo que moro em Três Rios, interior do Rio). Como não dá pra levar o carrinho, o sling quebra um galhão, além de ajudar na recuperação do meu filho. É ótimo também para saidinhas rápidas e para fazer compras em lojas. Convenhamos que entrar em lojas com carrinho de bebê não é uma tarefa fácil. E o Matheus não admite ficar no carrinho parado por muito tempo. Ele logo grita e eu tenho que pegar no colo e adeus comprinhas. O sling também mantém o bebê mais protegido, me sinto mais segura quando uso ele. Meu filho não fica tão exposto ao vento, frio, sol, poluição, etc. E dá pra cuidar dele melhor, pois ele tá ali pertinho. Fora esse benefícios que são de experiência da minha pessoa, segue abaixo outros tantos que achei na net:

Bebês carregados com frequência...

Choram menos! (43% menos em geral e 54%menos durante a noite)1

São mais saudáveis! (ganham peso mais rápido, tem melhor capacidade motora, melhor coordenação, maior tonus muscular, e equilíbrio)2

Tem uma imagem melhor do mundo! (Os bebês empurrados em carrinhos ou que ficam dentro de cadeirinhas de carro, tipo "bebê-conforto" vêem o mundo somente à altura do joelhos dos adultos)

Se tornam independentes mais rápido! (são mais confiantes e menos dependentes)3

Dormem melhor! (adomercem mais rápido e dormem por períodos mais longos de tempo)
Aprendem mais! (não são super-esimulados, mas calmos e alertas, observando o mundo ao seu redor)

E são simplesmente mais felizes!4
Referências
1. Publição científica da Associação de Pediatria dos E.U.:http://pediatrics.aappublications.org/cgi/content/abstract/77/5/641
3.http://www.jstor.org/pss/676294?cookieSet=1
Fonte: http://www.sleepywrap.com

Fica a dica. Quem não conhecia pode experimentar sem medo. E quem ainda estava na dúvida, tá esperando o que pra sair por aí slingando?

terça-feira, 12 de abril de 2011

Profissão: Mãe!

Já falei que o Matheus é muito agarrado comigo (e eu adooooooro)?
Desde que Teuzinho veio ao mundo que não consigo fazer n-a-d-a. Marido achava que era preguiça, dizia que dava sim pra arrumar casa, dar mamadeira pro Matheus, fazer almoço, trocar fralda do Matheus, lavar roupa, dar banho no Matheus, ficar com ele no colo pra ele assitir a Galinha Pintadinha (sim, ele ama), cantar todas as músiquinhas da Galinha 1 e 2 pra ele, enquanto "ele", com todos os dedos na boca e aquele sorriso cheio de gengiva mais lindo do mundo me olha e solta sorrisos que me fazem esquecer o que eu tinha que fazer em casa, arrumar cozinha, brincar com Matheuzinho com todos os brinquedos dele, tomar banho, contar uma historinha pro Matheus, comer (?), fazer Matheus dormir segurando a minha mão, fazer xixi (?), conversar com ele de frente pro espelho enquanto ele olha pra mim e olha pro espelho sem entender como eu posso estar em dois lugares ao mesmo tempo (dentro do espelho e fora dele)...e mais outras milhões de coisas que só quem é mãe vai me entender. Como eu deixo uma coisinha tão pequenininha e tão dependente de mim, que me ama tanto (pra ele meu nome é comida), pra fazer essas outras coisas tão sem importância? Impossível. Então vou vivendo, sem comer,sem fazer xixi, sem tomar banho, sem arrumar casa, sem lavar roupa e outras 400 coisas sem tanta importância. Deixo pra fazer isso (tudo) nos horários que marido tá em casa.
Marido com Matheus e eu fazendo tudo que não consigo fazer quando tô sozinha em casa com Matheus.
- Ido (já disse que é apelido de marido), fica com ele um pouco pra eu lavar essas roupas?
- Claro Osa (esse é o apelido pra esposa), pode ir lá, deixa comigo.
5 minutos depois.
- Osa, já tá acabando?
- Não. Que que foi?
- Ele tá chorando.
- Brinca com ele.
- Já brinquei.
- Canta Galinha Pintadinha.
- Mas ele tá assistindo e não tá adiantando.
- Mas ele gosta que canta junto com a música.
- Tá bom, vou tentar.
Depois de 5 minutos de cantoria Matheus recomeça a chorar.
- Tá acabando Osa?
- Que foi agora?
- Tô cantando e ele não tá gostando.
- Faz outra coisa, ele já enjoou.
- Já fiz de tudo, até peguei ele no colo.
- Mas ele não quer colo, quer que brinque com ele.
e blá, blá, blá. Essa conversa dura mais alguns pouco minutos, Ido decidi fazer o serviço pra mim, enquanto eu fico com Matheus e finalmente entende porque eu não dou conta das tarefas da casa e nem como e nem tomo banho e nem nada quando ele não tá em casa.

Isso é, simplesmente, ser mãe. Amo meus filhos.
 Meus príncipes Matheus e Cadu.

Princesa Duda e Matheuzinho.

Aventuras de Matheus parte..? nem sei...

Domingo Matheuzinho nos deu um susto. Aliás, esse menino chegou chegando meisssmo...Vive nos dando sustos...
Mas então que no domingo, depois de quase 2 meses de operado, ele fez um cocô BRANCO. Só para vocês saberem: da última vez que isso aconteceu (e não tem nem 1 mês) ele ficou internado 8 dias no IPPMG.
O fato é que isso já era esperado, o primeiro ano pós-operatório é muito complicado e podem ocorrer complicações, entre elas a tal da colangite, que por acaso, foi a responsável pela nossa última internação. Digo nossa, pq fico lá com ele né?
Como já contei aqui, o Matheus foi programado e muito esperado por nós. Fiquei grávida dele no meio de um tratamento de uma síndrome do pânico (que surgiu não sei como, nem porque, semprei fui muito saudável, e normal). Mas enfim, com a tão esperada gravidez, a tal da síndrome sumiu, até descobrirmos que nosso filho tinha nascido com essa doença (vide post anterior) e teria que operar. Só sei que na primeira internação (quando ele operou) passei mal, minha pressão subiu (talvez por cansaço, não dava pra dormir), mas superei isso (marido teve que ir pro hospital de madruga e passar a noite lá). Na segunda internação foi mais complicado, pois era só começar a escurecer e eu lembrar que teria que passar a noite sozinha naquele hospital com meu filho (a visita acabava às 19 horas) eu já entrava em pânico (medo irracional, mão suando, tremedeira, sensação de morte iminente)...
Mas vamos retomar ao ocorrido de domingo. Vocês podem imaginar como eu fiquei depois de cogitar a possibilidade de ter que voltar pro hospital com meu filho.
Na segunda de manhã tava eu lá cedinho no Geral de Bonsucesso, mas graças a Deus não foi preciso internação, era só trocar a medicação dele.
Agora nesse momento ele tá dormindo como um anjinho. E o cocô? Ah sim, voltou ao normal com o novo medicamento.
Agora tô mais tranquila. A síndrome tá controlada, eu acho. Pelo menos até o próximos susto.

Eu e Ido (apelido carinhoso para "marido"), curtindo o Matheuzinho dentro da minha barriga.

sábado, 9 de abril de 2011

Atresia de Vias Biliares. O que é isso???

Boa noite!!!

Vamos continuar a história da chegada do Matheus. Escolhemos esse nome pelo seu significado: dádiva de Deus. E posso afirmar que é isso que nosso pequeno é, uma benção, um presente de Deus, uma "pessoinha" que veio para nos unir mais e nos aproximar mais de Deus.
Com 10 dias de nascido, descobri que não tinha leite suficiente para amamentar meu pequeno, pois a pediatra dele disse que ele tinha ganhado pouco peso e que meu leite tava sendo pouco. Fiquei muito triste, pois queria muito amamentar, desde que fiquei grávida que comecei a meu preparar para isso, mas enfim, Deus sabe o que faz. E assim, Matheus começou a tomar fórmula e leite materno. Ele teve icterícia fisiológica, e por isso ainda tava meio amarelinho também. Com um mês ele já tinha melhorado bastante do amarelão e tinha ganhado peso. Com mais ou menos um mês e meio, começou nosso pesadelo. O amarelão piorou, e eu sabia que na idade dele isso já não era mais normal. Fiquei apavorada quando vi que as fezes dele estavam clarinhas. Liguei pra Ped dele, que pediu pra eu levar o cocô pra ela dar uma olhada. Quando ela viu, começou uma verdadeira corrida contra o tempo. Ela disse que suspeitava que nosso filho estava com uma doença muito rara, que ocorria em 1 de 15.000 bebês. o nome da doença é Atresia da Vias Biliares (http://www.hepcentro.com.br/atresia.htm), eu nem sabia que essa doença existia. Fiquei muito assustada, e por um momento achei que fosse perdeu meu filho. Eu só sabia que era uma doença hepática, que ia deixando o fígado cirrótico e que o único jeito seria uma cirurgia, chamada cirurgia de Kasai. Eu, só sei que Deus coloca as pessoas certas no nosso caminho. Saímos do consultório com tudo acertado para irmos num cirurgião e fazermos todos os exames necessários para diagnosticar o problema do nosso filho.
Foram dias terríveis, chorei todas as lágrimas que eu podia e gastamos dinheiro que nem tínhamos com os exames. Feitos os exames, confirmado o que temíamos, nosso filho teria que operar o mais rápido possível, pois ele estava na idade limite para o sucesso dessa operação. Graças a Deus ele foi operado por uma equipe maravilhosa, médicos guiados por Deus, e hoje ele está com 4 meses, quase 2 de operado e fazendo acompanhamento no Fundão e no Geral de Bonsucesso.
O que eu tenho a dizer a todos com essa minha experiência é que nunca devemos perder as esperanças, pois Deus tem um plano na vida de cada um de nós e Ele nunca desampara seus filhos. Que Ele continue abençoando infinitamente a vida de cada pessoa que nos ajudou direta ou indiretamente.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Depois de tanto tempo...

Oi gente!!!

Quanto tempo não apareço por aqui para postar alguma novidade. Eu pretendia ter postado a minha gravidez mês a mês, pra quando o Matheus estivesse grande ele pudesse ter uma espécie de diário online de como foi a tão esperada chegada dele. Mas infelizmente, devido a vários acidentes de percurso, isso não foi possível.
Bem, vamos começar do começo.
Há uns dois anos quando eu e meu marido completamos exatos dois anos de casados, começamos a ter uma vontade tremenda de ter um bebê. Nessa altura do campeonato, meus filhos (do primeiro casamento) Maria Eduarda (12) e Carlos Eduardo (10), já estavam crescidos e decidimos que não precisávamos esperar mais.
Começamos então a providenciar que o Matheus viesse rsrsrs. Foi um ano de agonia, todos os dias a gente tentava, passava um mês eu cismava que estava grávida, fazia o exame, e nada. Até que um belo dia o exame de farmácia deu positivo, mas dessa vez eu já sabia, sentia, que estava grávida. Confirmada a gravidez foi só felicidade, eu acompanhava o crescimento e desenvolvimento do nosso filho, ansiosamente, mês a mês.
A gestação foi saudável, fiz todas as consultas de pré-natal, tudo diretinho.      
 Matheus veio ao mundo no dia 7 de dezembro de 2010, pesando 2,720 kg e medindo 49 cm. Uma benção de Deus.






Beijos a todos. Espero conseguir ir contando a história do meu pequeno aqui...